Laboratório. Na verdade, sala de estudos: computadores, livros, escrivaninhas - umas organizadas, outras nem um pouco. Milhões de papéis, cds, velhos drives de disquete 3,5 e 5&1/4 pegando poeira em cima de alguns armários. No iMac no centro da sala, perto da grande mesa usada para refeições apressadas ou conversa fiada no fim do dia aqueles tentáculos se debatem, saindo de uma bola de carne e músculos estranha que brilha em preto, branco e infra-vermelho. Com as forças que estão sendo manipuladas, a realidade pisca por alguns instantes e as cores se invertem como em um velho negativo de filme fotográfico.
Os colegas não dão a mínima, Alex também parece completamente despreocupado, mas nota o acontecimento. Alguém está simplesmente realizando um experimento. Mas quem? Súbito, do portal da luz por onde a forma de vida se debate, sai um homem, vestindo um jaleco branco de laboratório. Ele tem rosto ocidental. Não é japonês, não fala japonês e sim português, mas sem o sotaque detestável de qualquer região, algo linear como Willian Boner apresentando o Jornal Nacional.
Ele sai do portal zonzo, parece que vai cair a qualquer momento. Embora não haja nenhuma marca e nem fumaça, ele dá a impressão de ter sido chamuscado, provavelmente em sua viagem interdimensional. Os membros do laboratório continuam impassíveis, concentrados em seus afazeres ou procrastinações. Alex levanta. O homem de jaleco olha zonzo, poderia dizer que andou bebendo, mas os olhos mostram que uma longa jornada se empreendeu, mas não se sabe aonde e nem por quanto tempo.
"É tudo uma questão de sintonia, Alex... É tudo uma questão de onde você quer se ligar, do que você quer sentir..."
E naquele momento com aquelas palavras, a sensação de terror outrora ignorada ou simplesmente despercebida ataca o coração do rapaz, junto com um assombro digno do entendimento. Alex compreende, Alex sabe. Entende o que o homem diz. E quando acordou no seu quarto aquela manhã já clara desde as 4:30 por causa da primavera, seu dia foi um pouco mais feliz.
Os colegas não dão a mínima, Alex também parece completamente despreocupado, mas nota o acontecimento. Alguém está simplesmente realizando um experimento. Mas quem? Súbito, do portal da luz por onde a forma de vida se debate, sai um homem, vestindo um jaleco branco de laboratório. Ele tem rosto ocidental. Não é japonês, não fala japonês e sim português, mas sem o sotaque detestável de qualquer região, algo linear como Willian Boner apresentando o Jornal Nacional.
Ele sai do portal zonzo, parece que vai cair a qualquer momento. Embora não haja nenhuma marca e nem fumaça, ele dá a impressão de ter sido chamuscado, provavelmente em sua viagem interdimensional. Os membros do laboratório continuam impassíveis, concentrados em seus afazeres ou procrastinações. Alex levanta. O homem de jaleco olha zonzo, poderia dizer que andou bebendo, mas os olhos mostram que uma longa jornada se empreendeu, mas não se sabe aonde e nem por quanto tempo.
"É tudo uma questão de sintonia, Alex... É tudo uma questão de onde você quer se ligar, do que você quer sentir..."
E naquele momento com aquelas palavras, a sensação de terror outrora ignorada ou simplesmente despercebida ataca o coração do rapaz, junto com um assombro digno do entendimento. Alex compreende, Alex sabe. Entende o que o homem diz. E quando acordou no seu quarto aquela manhã já clara desde as 4:30 por causa da primavera, seu dia foi um pouco mais feliz.
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