Acho que entendi hoje por que não gostei do inverno. É o som das folhas. Sabe, quando venta forte, ou mesmo quando não venta tanto, as árvores balançam e fazem aquele som, que pra quem já viu o mar, lembra o som das ondas. No Amazonas dá mesmo pra chamar de "mar de folhas".
Claro que não é só o som das folhas, são as próprias árvores, o próprio verde que me torna a vida melhor. Eu gosto muito de estar na cidade, de saber que posso facilmente ir a algum lugar agitado e encontrar serviços e outras coisas confortáveis da civilização, mas não tem nada como andar por algum lugarzinho cheio de árvores em um finalzinho de tarde não muito quente nem muito frio e ouvir aquele som...
Eu lembro quando eu estava pra fazer o vestibular a primeira vez, eu estava adorando física naquela época, e pensei muito em entrar pro curso (o que teria sido fácil, pelo baixo nível de concorrência) mas aí encontrei um livrinho da UFAM que explicava sobre os cursos e o que o profissional formado poderia fazer. Vi que um físico é na verdade um cara que vai ficar na faculdade praticamente pra sempre, apenas obtendo graus maiores e idéias mais complexas. Não é exatamente um cientista ativo e normalmente não chega nem perto da imagem de um cientista louco. O que me desanimou severamente, lembro. Então fui pra minha segunda paixão acadêmica da época: ecologia. Vamos ver, o que eu poderia estudar relacionado com ecologia? Biologia? Nah, eu tenho uma tia bióloga e apesar de parecer divertido às vezes era muito flores e borboletas pra mim. Aí ví algo mais apropriado pra mim, tinha engenharia no nome, então já mexia comigo. E florestal, portanto, relacionado à natureza. Legal, mas e aí, o que essas pessoas fazem?
Vamos ver: recuperação de áreas degradadas, manejo de florestas, aplicação da legislação florestal ás atividades de exploração... parecia bem ecológico pra mim. Entrei. Na segunda vez que fiz o vestibular. Naquele tempo era a época das infames provas discursivas. Ainda lembro de algumas questões... Não deu. Na segunda passou pra objetiva e redação. Aí sim. Não era só imcopetência pra resolver problemas de física e química, também tinha o fato (descoberto muito depois) de aqueles problemas eram especialmente difíceis por que eram feitos pelo pessoal do Departamento de Física, Química e Biologia com foco em algumas coisas que nem eram vistas em um segundo grau regular de escola pública. Desculpas a parte, entrei. E foi uma decisão muito acertada.
Na verdade acho difícil dizer isso, por que muitas vezes eu me questionei se meus talentos estavam ali mesmo. Lembro daquele filme tosco "O Demolidor" (não é o da Marvel, é o com o Stallone) onde no futuro eles conseguiam saber através de análise do cérebro qual era a profissão mais adequada à alguém, e o Stallone devia ser alfaiate em vez de super-policial-fodão. Queria saber só por curiosidade, por que eu já "andei milhas e milhas por essa estrada, Mary Lou, e não vou voltar..."
O que dá pra fazer é fazer algo paralelo. Mas minha profissão me proporciona muito prazer, principalmente o de andar em algum lugarzinho distante de tudo, onde ninguém pode me encontrar facilmente, principalmente se eu ficar quietinho ouvindo o som das folhas ao vento. : )
Be whatta nee'to be, whatta want'o be and be happy will'ya?
生活に一番大切はうれしくなっています。 がんばりましょう!
Claro que não é só o som das folhas, são as próprias árvores, o próprio verde que me torna a vida melhor. Eu gosto muito de estar na cidade, de saber que posso facilmente ir a algum lugar agitado e encontrar serviços e outras coisas confortáveis da civilização, mas não tem nada como andar por algum lugarzinho cheio de árvores em um finalzinho de tarde não muito quente nem muito frio e ouvir aquele som...
Eu lembro quando eu estava pra fazer o vestibular a primeira vez, eu estava adorando física naquela época, e pensei muito em entrar pro curso (o que teria sido fácil, pelo baixo nível de concorrência) mas aí encontrei um livrinho da UFAM que explicava sobre os cursos e o que o profissional formado poderia fazer. Vi que um físico é na verdade um cara que vai ficar na faculdade praticamente pra sempre, apenas obtendo graus maiores e idéias mais complexas. Não é exatamente um cientista ativo e normalmente não chega nem perto da imagem de um cientista louco. O que me desanimou severamente, lembro. Então fui pra minha segunda paixão acadêmica da época: ecologia. Vamos ver, o que eu poderia estudar relacionado com ecologia? Biologia? Nah, eu tenho uma tia bióloga e apesar de parecer divertido às vezes era muito flores e borboletas pra mim. Aí ví algo mais apropriado pra mim, tinha engenharia no nome, então já mexia comigo. E florestal, portanto, relacionado à natureza. Legal, mas e aí, o que essas pessoas fazem?
Vamos ver: recuperação de áreas degradadas, manejo de florestas, aplicação da legislação florestal ás atividades de exploração... parecia bem ecológico pra mim. Entrei. Na segunda vez que fiz o vestibular. Naquele tempo era a época das infames provas discursivas. Ainda lembro de algumas questões... Não deu. Na segunda passou pra objetiva e redação. Aí sim. Não era só imcopetência pra resolver problemas de física e química, também tinha o fato (descoberto muito depois) de aqueles problemas eram especialmente difíceis por que eram feitos pelo pessoal do Departamento de Física, Química e Biologia com foco em algumas coisas que nem eram vistas em um segundo grau regular de escola pública. Desculpas a parte, entrei. E foi uma decisão muito acertada.
Na verdade acho difícil dizer isso, por que muitas vezes eu me questionei se meus talentos estavam ali mesmo. Lembro daquele filme tosco "O Demolidor" (não é o da Marvel, é o com o Stallone) onde no futuro eles conseguiam saber através de análise do cérebro qual era a profissão mais adequada à alguém, e o Stallone devia ser alfaiate em vez de super-policial-fodão. Queria saber só por curiosidade, por que eu já "andei milhas e milhas por essa estrada, Mary Lou, e não vou voltar..."
O que dá pra fazer é fazer algo paralelo. Mas minha profissão me proporciona muito prazer, principalmente o de andar em algum lugarzinho distante de tudo, onde ninguém pode me encontrar facilmente, principalmente se eu ficar quietinho ouvindo o som das folhas ao vento. : )
Be whatta nee'to be, whatta want'o be and be happy will'ya?
生活に一番大切はうれしくなっています。 がんばりましょう!
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