Eu sonhei que eu a salvava, ela estava num meio nocivo, ruim. Sempre tenho um pouco esse lado paternalista, esse protecionismo todo, acho que é pela ausência paterna (biologicamente falando, por que eu tive meus "pais", tios e avô queridos). Mas então, eu a tirava de lá e quando na verdade minha intenção era deixa-lá por ali para ser destruída com tudo o que vinha abaixo... E ela se agarrava em mim, e de repente nos tínhamos um laço, um compromisso.
Na cena seguinte meus amigos, minha banda daqui desse lado do mundo está na casa dela, uma sala cor de rosa, com a tinta já velha, uma estante de madeira e uma TV, eles jogavam ávidos um jogo qualquer. E ela vinha do quarto, simples e tranquila. Eles perguntavam se ela tinha emagrecido, ela disse algo que eu não entendi. Saímos da sala somente os dois, fomos para o jardim que parecia muito com o jardim da minha casa de Manaus, 15 anos atrás.
E ela me olhou com aqueles olhinhos puxados, aquele rosto de anjo oriental e eu me senti tão feliz por ela estar ali. Mas ao mesmo tempo me veio a súbita consciência de que eu não a conhecia. Não tínhamos assunto. Tinha algo que nos prendia Ela me pergunta em japonês se eu acho que ela emagreceu e sorri. Eu acordo.
Acordo e penso muito a respeito. Quem será essa pessoa? Eu quase posso lembrar do rosto, como um kanji que eu não estudei, não posso escrever, mas se vê-lo posso lembrar e ler. Não é ninguém de antes. Não é quem eu encontro casualmente. Me acanho com meu futuro. Mas fico feliz de lembrar que mesmo que somente pelo tempo da duração de um sonho, meu coração pode se apaixonar bestamente e me trazer tanta felicidade que meu dia se torna melhor.
Um comentário:
that is a good idea. i will go to kyoto this afternoon (July 20) to see my sister, but i'm planning to come back this evening. So, why don't we have a cooking session next weekend? Maybe on Saturday?
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