20111115

Mamãe Visita, o Homem do Lixo & Minha Vida Iluminada Por Uma Lâmpada Falhando

Pois é, arrumei tudo e minha querida criadora está no avião para São Paulo neste exato momento. De lá uma conexão para Doha e depois em Osaka, aqui pertinho. Serão 3 semanas de uma viagem internacional que eu espero que seja inesquecível para ela. Imagino como deve ser, já que ela quase não fala inglês (o que daria pra se virar sozinha por aqui), mas fé em Deus, vai ser tranquilo! Teve algumas complicações pra conseguir o visto por causa da greve dos correios, mas o pessoal do consulado foi muito gentil e saiu tudo em ordem bem antes da viagem. A passagem comprei pela internet, procurei no Skycanner e achei a um preço bem razoável pra essa época do ano, perguntei se ela queria vir na primavera, com as Sakuras e tal, mas ela preferiu ver o outono pela primeira vez. Sei a sensação. O vôo vai ser um pouco cansativo, com um total de 35 horas, incluindo escalas e transferências. Expliquei direitinho como é essas viagens e acho que vai ser tudo ok.

E agora eu estava vendo o que eu preciso preparar para recebê-la, mas não vai ser muita coisa não, vou tentar gastar o menor tempo possível dentro de casa, é muita coisa pra mostrar. Veremos!

Ah, meu PC-stein está montado e funcionando, ficou legal e gastei muito menos que imaginava. Ficou tão bom que roda o emulador de Game Cube/Wii numa boa. Vou mandar as partes do antigo pra casa assim meu irmão pode montar um PC-stein pra ele.

Aqui vai muito PC pro lixo, mas só depois que eles já estão superusados e detonados, acho que eu já disse isso aqui, mas japonês não é tão capitalista como se imagina, as vezes eles deixam de usar uma coisa antiga, mas eles usam MUITO o que eles tem antes de jogar fora. O que acontce é que se caçar, encontra várias coisas em excelente estado de conservação. Tem um cara aqui na minha rua que coleta coisas usadas, na verdade eu nem posso afirmar isso por que não entendo bem o que ele faz. Ele tem cerca de quatro casas no total, duas de frente para outras duas e estas estão apinhadas de entulho... Armários de metal, tábuas, rodas de patins, bacias, peças de computador, cabos de todos os tipos, etc. Eu não sei se é reciclagem por que tem coisas ali que há mais de ano nunca se moveram e se fosse reciclagem os metais já teriam ido pro brejo. Acho que ele vende algumas dessas coisas, mas não sei, não tem lógica. Pode ser que ele seja daquelas pessoas que são doentes e acumulam tudo, fazem pilhas infinitas de porcarias e coisas desnecessárias. Confesso que depois de vir morar aqui comecei a me livrar de certas coisas com medo de ficar daquele jeito. Ele não faz mal a ninguém, só atrapalha um pouco a passagem mas não é nada de se fazer uma queixa...

Acho que meu namoro está indo pro brejo também... Esse negócio de relações internacionais é muito complicado, é legal, mas muito complicado... O pior é que nem estou muito triste não, aliás pouco faço pra alguma coisa mudar. Acho que me deixei desgastar. Acontece... Uma hora eu encontro com alguém que se acerte comigo, afinadinho. Ruim é que nessa época de namoros ruindo (e depois também) a fé na humanidade fica tão baixa que o simples paradigma de uma nova relação enche o saco. Se acabar mesmo acho que vai ser hora do bloco do eu sozinho (sem referência à banda que fez esse disco, detesto tanto eles que nem vou dizer o nome. E hoje tive a infelicidade de saber que ano que vem eles vão se reunir... bleh).

Hoje eu dormi 14 horas e não saí de casa pra nada. Deve ser um alerta, daqui a 4 horas serão 8 horas e o Japão começa a rotina na maioria dos lugares, eu devo me encaixar nessa um pouco, pode ser uma boa por um dia, afinal na quinta-feira eu me torno anfitrião da mulher que me deu a vida (tinha a opção de não fazê-lo e fê-lo assim mesmo)... Acho que vai ficar tudo bem.

Caledônia manda abraços de hamster para todos. Ah e hamsters não fazem cocô por onde passam, tem o detalhe nojentinho de que eles comem as próprias fezes para digerir melhor nutrientes, então eles sempre fazem as obras perto de casa.

Acho que agora ninguém quer o tal abraço...

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