Fanzines... Ah! As publicações independentes que dão vazão a criatividade, seja ela underground, pedante ou pura e simplesmente copiativa. Eu gosto de chamar pelo nome completo, zine soa meio abreviado demais pra mim, questão de gosto.
Mas então, eu já fiz minha carreira como editor-escritor-entregador de alguns e resolvi contar a historinha deles, pelo menos dos que eu me lembro... O primeiro "oficialmente" foi o Poemz & Devassidão, título que até hoje não lembro bem por que coloquei, mas achava que ficava legal. O z no final de Poemz tinha um sentido, tinha ver com as coisas warez da internet. Esse era de poesias/poemas e textinhos. Era pequeno, meia folha de A4 formando 4 páginas, lembro que deu um trabalhão configurar a impressora no Word (naquele tempo eu não usava o Corel) e por cerca de 20 números me deu muita satisfação. Eu tinha um prazer danado de escrever e fazer aquele fanzininho, variava as fontes, trocava as cores de impressão e sempre escrevia um texto sem espaços, difícil de ler e que muita gente gostava. Uma ex minha adorava, outra era indiferente e uma terceira veio cheia de tecnicismo literário pra criticar ele, mas era meu xodó. Claro que nem todos tinham uma qualidade surpreendente, mas se poesia é como música, que deve ser mais sentida do que analisada, então acho que valia a pena, e muito. Me rendeu até uma música, adaptada pela Platinados quando ainda existia. Lembro que o Clóvis veio me perguntar se estava tudo bem usar como letra e fazer um refrão, eu nem acreditei hehehe. Outra coisa legal foi que eu sempre dava esse fanzine, vez por outra se alguém queria pagar eu cobrava tipo 25 centavos. Aí uma vez eu ganhei vários fanzines de graça, fanzines de quadrinho muito bons. Eu estava olhando e perguntei quanto era (por que os fanzines de quadrinho dão realmente um trabalhão pra fazer) e então o autor simplesmente disse: "Não é nada não. Isso aí é por conta das trocas!"
Esse foi demais. Eu simplesmente adorava fazer o bichinho, me rendeu tanta coisa boa... E era tão sincero. Teve até um número especial que eu fiz à mão, só 10 unidades, dei pros leitores mais assíduos. É legal isso, sabe, compartilhar coisas com que você sabe que gosta. Sempre dizem que a gente tem que dar ouvidos pros críticos, mas que saco, é muito peba ficar ouvindo "você não faz isso e aquilo outro, isso não se enquadra, ble ble ble" Quem é que gosta de ser criticado o tempo todo? Anyway, estou até pensando em revisitá-lo aqui neste espaço virtual.
Outro que eu fiz que nem era bem um fanzine era O Clube do Pentagrama. Era só pra um pessoal com quem eu jogava RPG, cheio de piadas internas e referências aos péssimos editores da Dragão Brasil da época, nem sei se a revista ainda existe. Esse era bem divertido fazer, um folha de A4 frente e costas e eu entregava pra todo mundo. Tempos depois soube que esse fanzine foi parar bem longe desse círculo em particular e ficou conhecido por umas pessoas que eu nem sabia quem eram, fui conhêce-los alguns anos depois. Rendeu muitas risadas e telefonemas engraçados. Sem contar nas amizades.
Teve então o Neo, sobre música e filmes, acho que esse foi o mais recente... Não sei quantos números escrevi, tenho que procurar nos meus velhos arquivos do word. Esse também era interessante, procurei abordar sobre albúns clássicos de bandas indie e filmes bacanas, independente da época de lançamento. Como não durou muito não teve muita repercursão, mas me deu as idéias que eu uso neste blog hoje em dia e é claro, o prazer de escrever. Pra mim realmente é isso que é legal, o kimochi, o feeling de se expressar. Tenho amigos que se preocupam tanto em ser acadêmicos que por vezes eles deixam de usar a excelente sinceridade que eles têm... Alguns eu entendo por que são profissionais da área, outros eu vejo apenas como "metimento a besta sem causa aparente". No geral, repito, tem que ser como música pra mim. Mais vale um Nirvana de 3 notas e sentir a ira de Kurt contra o mundo do que um Sonata Arctica de 1000 notas em que o máximo que você sente é que o guitarrista passou uns bons anos sentado com a guitarra praticando todo dia. (Vão me dizer que isso não tem nada a ver e que bla bla bla, foda-se)
Ah e ainda teve as contribuições! Mas isso é pra outro post... Devo revisitar alguns números dos meus queridos fanzines por aqui logo logo. Cuidem-se!
Mas então, eu já fiz minha carreira como editor-escritor-entregador de alguns e resolvi contar a historinha deles, pelo menos dos que eu me lembro... O primeiro "oficialmente" foi o Poemz & Devassidão, título que até hoje não lembro bem por que coloquei, mas achava que ficava legal. O z no final de Poemz tinha um sentido, tinha ver com as coisas warez da internet. Esse era de poesias/poemas e textinhos. Era pequeno, meia folha de A4 formando 4 páginas, lembro que deu um trabalhão configurar a impressora no Word (naquele tempo eu não usava o Corel) e por cerca de 20 números me deu muita satisfação. Eu tinha um prazer danado de escrever e fazer aquele fanzininho, variava as fontes, trocava as cores de impressão e sempre escrevia um texto sem espaços, difícil de ler e que muita gente gostava. Uma ex minha adorava, outra era indiferente e uma terceira veio cheia de tecnicismo literário pra criticar ele, mas era meu xodó. Claro que nem todos tinham uma qualidade surpreendente, mas se poesia é como música, que deve ser mais sentida do que analisada, então acho que valia a pena, e muito. Me rendeu até uma música, adaptada pela Platinados quando ainda existia. Lembro que o Clóvis veio me perguntar se estava tudo bem usar como letra e fazer um refrão, eu nem acreditei hehehe. Outra coisa legal foi que eu sempre dava esse fanzine, vez por outra se alguém queria pagar eu cobrava tipo 25 centavos. Aí uma vez eu ganhei vários fanzines de graça, fanzines de quadrinho muito bons. Eu estava olhando e perguntei quanto era (por que os fanzines de quadrinho dão realmente um trabalhão pra fazer) e então o autor simplesmente disse: "Não é nada não. Isso aí é por conta das trocas!"
Esse foi demais. Eu simplesmente adorava fazer o bichinho, me rendeu tanta coisa boa... E era tão sincero. Teve até um número especial que eu fiz à mão, só 10 unidades, dei pros leitores mais assíduos. É legal isso, sabe, compartilhar coisas com que você sabe que gosta. Sempre dizem que a gente tem que dar ouvidos pros críticos, mas que saco, é muito peba ficar ouvindo "você não faz isso e aquilo outro, isso não se enquadra, ble ble ble" Quem é que gosta de ser criticado o tempo todo? Anyway, estou até pensando em revisitá-lo aqui neste espaço virtual.
Outro que eu fiz que nem era bem um fanzine era O Clube do Pentagrama. Era só pra um pessoal com quem eu jogava RPG, cheio de piadas internas e referências aos péssimos editores da Dragão Brasil da época, nem sei se a revista ainda existe. Esse era bem divertido fazer, um folha de A4 frente e costas e eu entregava pra todo mundo. Tempos depois soube que esse fanzine foi parar bem longe desse círculo em particular e ficou conhecido por umas pessoas que eu nem sabia quem eram, fui conhêce-los alguns anos depois. Rendeu muitas risadas e telefonemas engraçados. Sem contar nas amizades.
Teve então o Neo, sobre música e filmes, acho que esse foi o mais recente... Não sei quantos números escrevi, tenho que procurar nos meus velhos arquivos do word. Esse também era interessante, procurei abordar sobre albúns clássicos de bandas indie e filmes bacanas, independente da época de lançamento. Como não durou muito não teve muita repercursão, mas me deu as idéias que eu uso neste blog hoje em dia e é claro, o prazer de escrever. Pra mim realmente é isso que é legal, o kimochi, o feeling de se expressar. Tenho amigos que se preocupam tanto em ser acadêmicos que por vezes eles deixam de usar a excelente sinceridade que eles têm... Alguns eu entendo por que são profissionais da área, outros eu vejo apenas como "metimento a besta sem causa aparente". No geral, repito, tem que ser como música pra mim. Mais vale um Nirvana de 3 notas e sentir a ira de Kurt contra o mundo do que um Sonata Arctica de 1000 notas em que o máximo que você sente é que o guitarrista passou uns bons anos sentado com a guitarra praticando todo dia. (Vão me dizer que isso não tem nada a ver e que bla bla bla, foda-se)
Ah e ainda teve as contribuições! Mas isso é pra outro post... Devo revisitar alguns números dos meus queridos fanzines por aqui logo logo. Cuidem-se!
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