Muito simples. É o latim dos nossos tempos, o russo dos ex-soviéticos. É a língua que com o mínimo de conhecimento, alguém em algum lugar vai saber responder a uma solicitação. E ainda melhor para quem não tem planos de viajar por todo o mundo, é a língua que a internet fala.
Podem-se descobrir tesouros aprendendo outras línguas, principalmente na web onde cada país tem seu microcosmo virtual, mas quem domina?
Japonês? Na moda, mas nunca vai colar pra todo mundo. A quantidade de gente que eu conheço aqui que mora há muitos anos e não sabe absolutamente NADA de japonês é impressionante. Nem os próprios já não nutrem amor infinito pela sua língua materna. O Japão é o autista dos países desenvolvidos. Bem maior o cacete, enquanto as coisas estiverem bem por aqui, eles estão se lixando, absorvendo só o que interessa do mundo exterior. Japão para japoneses.
Olha a preocupação japonesa com a situação mundial...
Russo? Provavelmente não. 20 anos depois do colapso da União Soviética, muitos países ainda mantém a língua e na verdade você pode passar por muitos lugares com russo. Tipo Cazaquistão, Usbequistão, Ucrânia, Belarus e tudo mais. Lógico que isso se você conseguir visto para entrar nesses lugares místicos e ficar por lá. Nada contra, conheço gente desses países e sei que tem umas coisas legais lá. Pra uma visita. E só.
Da, tovarisch! Falar russo pode trazer sérias vantagens. Não é a toa que os Beatles escreveram "Back to USSR"
Espanhol é uma mão na roda pra quem fala português, quem tem um mínimo de cérebro entende um texto com facilidade e arranha um portunhol. Mas assim como a minha querida Língua Portuguesa, da qual tenho tanto orgulho de falar e conhecer o microverso dao redor da mesma - e bem como russo, que estou me aventurando aos poucos - é uma língua complexa, cheia de nuances, sotaques e elementos culturais que empacam o aprendizado dinâmico visando a comunicação eficiente. Chinês então, que tem quatro ou mais entonações para cada vogal? Aonde está a praticidade destas línguas?
Novamente, entra o inglês como uma língua que cada dia mais se torna cosmopolita e despatriotizada. Você aprende inglês para ler artigos científicos, navegar na net, ajudar um turista ou entender uma música. Quantas pessoas realmente aprendem inglês para ir morar na Inglaterra ou nos EUA? É aqui que não se deve confundir as qualidades da língua inglesa com a adoração por norte-americanos ou britânicos. Se tornou algo muito maior que estas duas nações, independente das mesmas e com identidade própria aonde é usada (vide inglês indiano, engrish, spanglês, aranglish e outros tantos).
Inglês é bom por que é fácil de aprender, está em toda parte e vai ter sempre alguém que sabe ao menos responder yes ou no. Não é por que é coisa de americano. E no fim das contas, meus caros accent geeks, americanos, ingleses, neo-zelandeses ou australianos não dão a mínima se você pode pronunciar "foreigner" ou "dirty" ou "thirty four grand" corretamente. A coisa que eles menos se preocupam é em corrigir você - a menos que você seja tão ruim que eles não possam entender.
Muitos deles estão aprendendo espanhol agora... vai entender...
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