20120517

Café Boost

J'habite prés de l'université, c'est un problème parfois... Mon PhD c'est un problème aussi.

Ontem tive um ataque elétrico causado por algo que eu não sabia que funcionaria. Café.

Nunca fui muito fã e já tive gastrite, então sempre tomo com leite. Ontem me sentindo preguiçoso (mais que o usual) resolvi tacar no moído e rumar pra universidade. Lá tomei mais uma xícara em um dos raros momentos em que me sinto me aproximando do pessoal do laboratório. Meia hora depois não conseguia parar quieto, tive que sair às pressas... Aí está o problema de viver perto da universidade, é fácil sair de lá e ir pra casa, vira uma tentação do cacete desistir de qualquer coisinha. Então rumei pra casa, troquei de roupa e resolvi subir a montanha, de tão elétrico quase fiz um parcour... Exausto e suado voltei ao "lar" e tomei um banho. Aí sim me acalmei. Nunca imaginei que café pudesse fazer isso comigo, até por que sempre que bebi não havia esses efeitos colaterais.


Nunca fui de usar nada além do álcool puro e simples, desde meus 16 anos bebo, algumas vezes mais outras menos, tenho fases de abstinência total e fases de trasheamento contínuo. Depende também com quem estou. Uma das minhas grandes saudades de Manaus e uma boa alembrança de uma das minha ex é sentar em uma praça do Parque 10, próximo do Amazonas Shopping com alguns amigos (vocês sabem quem são!) e entornar cervejas intercaladas com cachaças e jogar conversa fora sobre bandas, quadrinhos, inutilidades, utilidades, etc. O Parque 10 é perfeitamente perigoso para uma coronária... Você se embebeda em um dos muitos bares, se entope no Habibs e assiste um filme alugado naquela locadora famosa. Receita pro sedentarismo agressivo e prazeroso. Definitivamente quero morar lá um dia.


Sempre andei com o pessoal "das droga" principalmente admiradores de maconha. Nunca me meti a usar, nunca deu vontade e com o tempo vi que era ruim, como jogar lixo no chão é, alimentar a indústria das bocas-de-fumo. Ficou um lance tipo reciclagem: eu faço minha parte, faz quem quer e não discrimino quem não faz. Felizmente a maioria das pessoas que fumavam e com quem eu gostava de andar colocavam isso à parte na nossa relação e com uma piada ou oferecimento ocasional tive muitas boas risadas e até participei de rodinhas aonde pude rir de todas as leseiras sem estar usando nada. Sempre tem/teve os idiotas que acham que fumar é uma religião, que não fumar é coisa de careta, etc. Gente lesa. Pau no cú deles.


O que me trouxe de melhor foi aprender a não julgar ninguém por conta disso, conheci músicos, desenhistas, poetas, gente legal de bater papo e que por uma circunstância ou outra fumava ou cheirava. Eu mesmo, no sir, c'est ne necessaire pas. Imagino que o boost do café deve ser parecido com o lance do ecstasy ou do pó, mas eu me sinto particularmente desconfortável com essas alterações corporais. Não gosto de ficar agitado ou superexcitado.


Sexo. Uma cerveja ocasional. Música, muita música. Isso me dá um boost que eu curto tanto que me arrepiam os cabelos da nuca. 


A banda que eu estou realmente gostando de ouvir é a Smog. A música Hit the Ground Running não me sai da cabeça. Nem Set you free do Black Keys.


E hoje eu acordei com o Winamp no shuffle tocando Meu Amigo Pedro, do Raul Seixas. Sorri.

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